sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Por vergonha, ou não

O meu filho nunca foi grande amante de carnavais. Por vergonha, calculo. E eu entendo-o. Há coisas, (como a vergonha) que ou vamos perdendo com o tempo, ou vamos sabendo gerir. Eu era muito envergonhada em miúda, e hoje não tenho vergonha nenhuma (a avaliar pelo tamanho dos calções que vesti hoje, quem me vir, pode até dizer que sou uma desavergonhada, mas não quero saber). Já a minha filha, sempre foi muito mais foliona (e com muito menos vergonha), e lá foi hoje toda entusiasmada com a sua farda semi costurada por ela. Afinal o intuito do professor de que falei aqui não saiu completamente gorado, porque a rapariga acabou por recortar (embora extremamente mal recortado) um avental de plástico, e umas mangas para a camisola. E sabendo ela o quão prendada é a mãe para as artes da costura (não se pode ser prendada em tudo, ora bolas), resolveu a questão sozinha. Agrafou os ditos adereços de plástico à roupa, e o assunto ficou arrumado (e muito mal enjorcado, diria a minha mãe).
Ele, o príncipe deste reino, teimou que este ano não ia mesmo mascarado, porque ninguém da sua turma ia, e eu perante este argumento não insisti. Argumento totalmente falso, descobri hoje. Só ele e os seus comparsas (o grande amigo e a grande amiga), é que não foram. O que me deixou deveras irritada. Se foi por vergonha, devia saber gerir. E entrar na diversão (que afinal de contas, vai passar apenas pela parvoeira de se andarem a encharcar com balões de água, supostamente proibidíssimos , e correrem o risco de apanhar uma bela constipação, quiçá uma pneumonia).
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário