sexta-feira, 27 de junho de 2014

Adoro a (linda) porca

Linda Porca , a tua legião de fãs não pára de crescer. Ontem fui dar com o meu cão, nestes lindos preparos (e lembrei-me de ti).
Não consegui deixar de partilhar com o (meu pequeno) mundo!
Os louros, esses, são teus!
 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Fundação José Saramago



Porque hoje estive lá...

"sempre chegamos ao sítio onde nos esperam"




O Amor não Tem nada que Ver com a Idade

         "Penso saber que o amor não tem nada que ver com a idade, como acontece com qualquer outro sentimento. Quando se fala de uma época a que se chamaria de descoberta do amor, eu penso que essa é uma maneira redutora de ver as relações entre as pessoas vivas. O que acontece é que há toda uma história nem sempre feliz do amor que faz que seja entendido que o amor numa certa idade seja natural, e que noutra idade extrema poderia ser ridículo. Isso é uma ideia que ofende a disponibilidade de entrega de uma pessoa a outra, que é em que consiste o amor.

Eu não digo isto por ter a minha idade e a relação de amor que vivo. Aprendi que o sentimento do amor não é mais nem menos forte conforme as idades, o amor é uma possibilidade de uma vida inteira, e se acontece, há que recebê-lo. Normalmente, quem tem ideias que não vão neste sentido, e que tendem a menosprezar o amor como factor de realização total e pessoal, são aqueles que não tiveram o privilégio de vivê-lo, aqueles a quem não aconteceu esse mistério."

José Saramago
16/11/1922 - 18/06/2010

terça-feira, 17 de junho de 2014

Os meus sentimentos (pela seleção) III

Enquanto o miúdo via (e jogava) o futebol, deu-se o seguinte monólogo:

-Olha filho, se tu algum dia concretizares esse teu sonho de ser jogador de futebol, tu nunca, mas nunca penses em fazer uma figurinha destas, ouviste bem?

-....

-Nem cabelos esquisitos, nem barbas esquisitas, nem tatuagens, nem cristas, nem cabelos às cores, nem nada destas coisas metro sexuais, azeiteiras, achungalhadas, e o raio. 

-....

-Olha que eu sou mãe para te dar um tareão, e partir-te uma perna, 'tás a ouvir?

-....

-Olha lá o alemães... todos com a cara tão lavadinha...


(quem cala, consente... espero.)

Os meus sentimentos (pela seleção) II

A inauguração da equipa das quinas no mundial, sentida por mim (parte II):

Foi um jogo de futebol in loco. Literalmente.
Senti que o meu filho, jogou mais naqueles noventa (e picos) minutos, que a equipa portuguesa inteira.
Temi por todas as molduras da nossa sala, pelos quadros, pelos móveis, pela própria TV.
Resolvi não reclamar a bola, que cirandava, saltitava, entre os pés daquela criança (pré-adolescente, perdão), e todos os cantos da sala, porque a fúria e os nervos eram evidentes, compreendi (ou tentei) a frustração do miúdo, e deixei o temor de lado.
Verifiquei que no final do jogo, a minha sala estava intacta, o que me deu a sensação de que os pés do meu miúdo foram mais eficazes, que os pés da equipa nacional.

Os meus sentimentos (pela seleção)

A inauguração da equipa das quinas no mundial, sentida por mim (parte I):

Na quinta-feira, agendei  uma reunião, para hoje às 16 horas. Mal chego ao escritório: "Oh Rainha, já desmarquei a reunião de hoje. Então sua excelência não se lembrou que era dia de seleção? Eu até comentei com o engenheiro, vê-se mesmo que foi uma mulher a marcar a hora..."

Não, não me lembrei. Mas lembrei-me de ligar no intervalo do jogo a remarcar a dita "Senhor engenheiro, como está? não sei porque é que desmarcámos a reunião, para ver esta miséria... sim pode ser amanhã, não imagina como isso (e mais a porra da seleção), me estraga o dia, mas vá..., sim, concerteza, vamos lá ver a segunda parte, então...pode ser que não mamem mais nenhum"

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Abençoada

No sábado batizei o meu querido sobrinho, agora sobrinho/afilhado.
Foi o batizado mais bonito a que já assisti.

Enquanto ouvia as palavras do Senhor Padre, no altar, tive a ligeira sensação de que estava prestes a explodir de orgulho (e de lágrimas).
Sou portanto, a madrinha mais orgulhosa, deste mundo (e do outro).

A pedido do Senhor Padre, ele, o sobrinho, molhou-nos a testa com água benta.
Sinto-me portanto, a madrinha mais abençoada deste mundo (e do outro).

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Depois não digam que eu não avisei...

Aviso:
Que ninguém ponha os cotos na avenida da liberdade  de carro.
A ver: estacionamento nulo. Oh, não, espera, tenho ali um lugar! Vou dar a volta ao quarteirão, este quarteirão gigante, deixa lá ver, ok, semáforo, paro, atravesso todo o quarteirão para a outra lateral, bem dita obra esta, quanto é que se gastou?, pronto, mais um semáforo, encarnado pois claro, vá lá, com tanta demora ainda perco o lugar, verde, ok, atravesso de novo toda a via principal, chego à lateral inversa. Espreito entre os carros, o lugar está lá, estou parada, mais um semáforo, mas olho para ele, o lugar, vislumbra-se pequeno, talvez pequeno demais, mas... acho que cabe. Aproximo-me. Não tem fitas, não tem grades, tem carros estacionados, ok, parece-me perfeito, vamos à manobra. Puxo à frente, puxo atrás, este carro não é meu, tem mudanças manuais, faço ponto de embraiagem, rogo pragas por ainda não se terem abolido carros com este tipo de mudanças, penso que amanhã já terei o meu, automático, graças a deus. Reparo que dou um ligeiro toque no veículo de trás, bolas, este carro também não tem pi pi pi, ok, amanhã já terei o meu, bem ditos sensores. Estaciono magnificamente, saio do carro, cinco centímetros separam a minha traseira e a minha dianteira dos veículos vizinhos. Fecho o carro. Oiço uma voz atrás de mim, bom dia senhora condutora, não pode estacionar aqui. Não posso? mas não posso porquê? Onde é que está essa indicação?
Ok, a indicação é dada pelo agente da autoridade. O mesmo que estava ali, a dois metros de mim, a ver toda aquela infindável manobra. Deseja-me bom dia sorridente, retribuo com menos simpatia. Volto a entrar no carro. Cinco centímetros em cada lado, recordo.
Arranco. Mais uma volta a todo o quarteirão, mais três semáforos (porra, todos encarnados), mais dois dedos de conversa com dois agentes de autoridade, reclamo, decido-me pelo parque subterrâneo. Penso na hora de saída e na conta que vou pagar. Penso no arrumador que hoje nem ganha o suficiente para uma sardinha. Isto hoje está difícil, dona (lamenta-se). Pois está. Mas cheira bem, cheira a lisboa (é a musica que toca).
 
 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Das minhas predileções

A pergunta que se impõe, dada a chegada da  época balnear:
Estes moluscos engordam?

É que tenho comido disto aos magotes.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Doces momentos

Ontem podia ter ido às sardinhas. 
Apeteciam-me sardinhas. Apetecia-me o cheiro de manjericos, misturado com o cheiro de sardinha assada. Apetecia-me o cheiro a peixe nas mãos, nos cabelos, depois da degustação das ditas, finalizada com a fatia de pão completamente encharcada em omega 3, que tão bem faz ao coração.
Não fui.
Fiquei a tomar conta do sobrinho, que não me deu omega 3, mas me dá outros benefícios ao coração.
E às costas. E ao peito. E ao sono.
Foi uma noite santa no que diz respeito ao adormecer/dormir. Nem uma lágrima, nem um queixume, que as noites de estranheza em casa alheia/da tia, já lá vão. Dormiu que nem um anjo, ressonou forte e feio (que saiu à tia, e até ao dia em que ajeitar aquele torto cepto nasal, será um pequeno leitão a dormir), esperneou muito (de cada vez que o tapava - bolas, ainda faz frio à noite!) atravessou-se na cama, mamou na chucha como se não houvesse amanhã (e os meus ouvidos que já não estavam habituados àquele típico ruído de sucção), e confinou-me à pontinha do colchão até às sete da manhã, hora em que  o protegi de quedas com almofadas e almofadões, e desisti.

Uma pessoa que vive diariamente a adolescência em pleno (e bolas, que agora já são dois!), esquece-se do quão doces (e duros) e bons, são estes momentos.



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Amor com amor se paga

 
 
Ontem tinha uma reunião marcada às três da tarde em Leiria.
Saio em passo acelerado do escritório às duas. Sei que não vou chegar a tempo, mas não faz mal. A esta hora não há trânsito, vou chegar apenas um pouco atrasada. Não almocei, tenho fome, mas não faz mal. Talvez dê para parar numa área de serviço e comer uma sandes de panado, atulhada em maionese, é mesmo o que me está a apetecer.
Chego à rua, procuro o arrumador a quem deposito todos os dias fielmente a chave do meu veículo, umas moedas, para que ele me controle os sacanas senhores da emel (que enfim, eu sei que estão só a cumprir a sua função laboral) à cata de multa. O arrumador não está. Dou uns quantos sopros, bufo literalmente, já o avisei que se ausentar, não se esqueça de me deixar a chave, para que não fique apeada. O arrumador dos cem metros mais abaixo, deve ter sentido em mim uma inquietação, quiçá uma ligeira aragem provocada por tanto sopro, e vem ao meu encontro. O rapaz foi só almoçar, está na sua hora de almoço, pois claro, diz-me isto com o ar mais descontraído do mundo, eu olho para o relógio, penso que afinal vou chegar muito atrasada, e talvez seja melhor enfiar qualquer coisa já pelo bucho abaixo, e ver o panado por um canudo.
Entro no café, peço uma empada de carne picada, empurro tipo enfarta brutos, pode ser que o arrumador tenha voltado, não posso perder mais tempo. O arrumador voltou, olho para ele com ar de fuzilamento, ainda a empada a meio caminho do estômago, oh dona, já viu as horas? estou na minha hora de almoço. Pois, desconhecia o horário laboral, mas tínhamos combinado outra coisa, e estás-me a falhar como as notas de cinco mil (embora também já não hajam notas de cinco mil, e eu ainda use expressões do século passado, isto tudo à mistura, a minha arrelia, o meu toque vintage).
Entro no carro, peço ao meu colega para o conduzir, enquanto despacho um e-mail via telemóvel. Já passa das três, recebo um telefonema, vejo que é a minha reunião e nem dou tempo que me falem, estou a caminho, digo num ápice, quanto tempo vai demorar, perguntam-me. Olho para a autoestrada, vinha distraída com o e-mail, não faço ideia de quanto já percorri. Vejo a estação de serviço de aveiras, e atiro: vinte minutos. Começo a pensar na quantidade de quilómetros que separam aveiras de leiria. São muitos, tantos quanto a minha mentira. O meu colega olha-me de soslaio, e pergunta-me, prego a fundo? Digo que sim, enfio a cabeça no telemóvel, mais vale ir distraída (e pensar que não há brigadas a esta hora).
Chegamos com quarenta minutos de atraso. Peço desculpa, vamos diretos ao assunto, chegamos a um acordo, que para ser finalizado, marcamos novo encontro para hoje de manhã. Desta vez em lisboa. Deslocar-se-á ele. Diz-me entre as nove e meia/dez, vai fazer por não chegar atrasado, pergunto-lhe a rir e em tom de brincadeira mas ainda assim com uma grande lata se é alguma indireta ao meu atraso, é que apanhámos um transito infernal para sair de lisboa, ele ri também e diz que não, que percebe perfeitamente estas coisas dos engarrafamentos.
Hoje, deixa-me pendurada até ao meio dia. Desculpa-se, sabe como são estas coisas, e eu que sim, que sei bem.
 
Toma lá que é para aprenderes.

Mas quem é que se lembrou disto?

Parece que tenho andado a dormir, e hoje "caiu-me a ficha".
As aulas terminam esta sexta feira. O verão ainda nem chegou, parece que ainda foi ontem que começou o terceiro período escolar (se não foi ontem, parece que foi ante ontem), e as aulas acabam...amanhã. 
Na verdade, nem sei quem se lembrou de acabar as aulas este ano, a 6 de Junho. Mas estes gajos andam a dormir ou quê ? Primeiro, uma pessoa paga um mês inteirinho de colégio, para apenas seis dias (de pura brincadeira), e depois? No caso da miúda, ela ainda lá vai todas as manhãs preparar-se para os exames nacionais em finais de Junho. No caso do miúdo, digo, não sei o que lhe vou fazer. No caso dela, no cimo dos seus importantes quinze anos, acabadas as manhãs de estudo para os exames, já me está a cantar a cantiga do artista. Tipo, já sou crescida, apanhamos o autocarro, praia, e tal, e pardais ao ninho (espero que não se aninhe). E eu, acho que vou ter de deixar. Deixá-la ganhar asas, umas asas pequenas, para o voo não ser muito alto, e evitar quedas drásticas.  No caso dele, é que o caldo está entornado. No cimo dos seus singelos doze anos, ainda não fica sozinho em casa, eu tenho de ir trabalhar, e sei que me esperam longas queixas, queixumes, em modo cálimero, que é um desgraçado porque não tem rapazes aqui perto para brincar, porque está rodeado de mulherio (as amigas da irmã vivem mesmo ao lado), e não aguenta tanta miúda à volta dele (até um dia), e eu tenho, porque tenho, de convidar uns amigos rapazes (que não vivem aqui ao lado), mas eu tenho, porque tenho, de trabalhar, e como tal, não sei como vou fazer .
Um dia de cada vez (que as férias são longas, e não se avizinham fáceis).


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Repercussões drásticas

Hoje o almoço que mandei para os miúdos, foi o típico "desenrasca".
Ovos mexidos, salsichas e esparguete (uma despensa e um congelador a precisar de reabastecimento urgente).
A minha filha (que é fina, a miúda), reclamou e pediu-me uma salada (não dispensando as salsichas). Achei que a coisa não combinava, ignorei o pedido, e mandei o mesmo para os dois.
Mensagem dela, acabadinha de chegar " mãe, eu não gosto disto, pedi para não mandares esparguete".
Minha resposta, feita a correr " não conas amassa".
Felizmente reparei antes do envio. E emendei a tempo. Repercussões drásticas, podem ter estes telemóveis cheios de tecnologia.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Dia da criança, todos os dias

Nunca liguei muito aos dias "de".
Apenas aqueles (para mim) de grande importância, "de aniversário", "de natal", "de páscoa" e pouco mais. Dia da mãe,  é para mim, sempre e todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos.  Assim como o dia da criança, muito embora os meus filhos sejam cada vez menos crianças, muito embora para mim, toda a vida, as minhas crianças.
Por não ligar muito aos dias "de", nunca fiz neste dia nada que não fizesse num outro, não ofereci presentes, não lhe dei a importância (se calhar devida) que outros dão.
Assim, e por ser fim de semana "do pai", não estive com os meus filhos no dia da criança, e na verdade não me lembrei da data, e na verdade não me condeno por isso.
Porque hoje, quando chegar à escola, sei que recebo aquele abraço apertado, aquele abraço das minhas crianças, que mais não traz se não amor.
E depois recebo o beijo esquimó do meu sobrinho, a outra criança da minha vida, carregada de amor.
O amor diário, das minhas crianças, ontem, hoje e todos os dias.