sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Eu devia ter sido praxada!

As praxes.
No outro dia ouvia uma miúda universitária a defender esta bela prática que são as praxes. A melhor maneira de receber os recém chegados. A melhor maneira de os integrar. A melhor maneira de eles perceberem o quão difícil é a vida, e o percurso académico. A melhor maneira... é com praxes.
O rastejar uns quantos metros, até alcançar um copo de água por exemplo, era o simbolizar do esforço que teriam de fazer para terminar o curso.
 
Trabalho desde os dezassete anos.
Fui para a universidade com vinte.
Trabalhava de dia. O dia todo.
Estudava à noite.
Não fui praxada assim como nenhum dos meus colegas.
Na verdade, nem tinhamos tempo para pensar nessas merdas.

Não terminei o curso.
Fiquei-me pelo terceiro ano.
Está explicado. Não fui praxada. Não rastejei em direção a nada.
Não teve a nada a ver com o facto de ter de optar entre o curso e o trabalho, porque tinha acabado de nascer a minha princesa, e com uma bebé recém nascida, era impossível conciliar tudo.
Afinal foi por isto. Este pessoal é que tem razão. Eu devia ter sido praxada e não fui.
 
 
Filhota, tu que lês o meu blog, ignora o palavrão. Sabes que a mãe nunca os verbaliza. Mas esta coisa das praxes tira-me do sério. Por favor, nunca te sujeites a isto. Nem que para isso tenhas que os mandar para um palavrão gigante. Aí, não faz mal.
 

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