quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Carnaval à porta

O carnaval está aí, e o meu filho não se quer mascarar. Nos anos anteriores vem sempre com esta lenga lenga. Não quer. E depois, quase de véspera, perante a constatação de que a turma vai toda mascarada, segue aquela velha máxima:  se não os podes vencer junta-te a eles. Se inicialmente ainda gastei uns trocos (jeitosos) com fatiotas elaboradas, nos últimos dois anos improvisei. Há dois anos transformei-o numa bela miúda, com direito a maquilhagem, casaco de peles e muitos adereços. Se ia um pouco envergonhado de início, no fim acabou por não se arrepender, porque ganhou o desfile. Ela, tem ido sempre.
Este ano, e perante o silencio deles relativamente a esta questão, nem me lembrava do carnaval. Ela, está a fazer o seu próprio fato na aula de EV. Um desfile a sério, todas as turmas do terceiro ciclo envolvidas, com materiais recicláveis. Ontem apareceu-me com a fatiota. Anos cinquenta. Aquilo que inicialmente me disse que seria a sua saia (um saco do lixo preto, transformado numa bela saia rodada), era...uma saia normal, de tecido, preta às bolas brancas, emprestada por uma colega. E uma camisola branca. Perguntei-lhe onde estavam os materiais recicláveis. Ah, o stor disse-me que isto estava perfeito. estes tecidos são todos recicláveis. Calculo que perante a falta de tempo (e quiçá empenho dos alunos) o stor tenha usado a mesma máxima : se não os podes vencer, junta-te a eles.
 
Ele, já disse com convicção, que este ano não vai mesmo mascarado. Afinal, com quase doze anos, está um homem. E isto, são coisas de miúdos...
Tenho de os informar que no domingo temos o nosso habitual jantar de carnaval, com a  grupeta do costume. E que vamos todos mascarados. Porque se isto são coisas de miúdos, então nesse dia, somos todos... miúdos!
 
(e tenho três dias para pensar nas indumentárias!)
 

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