segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fim de semana sem filhos

Este foi o meu fim de semana sem filhos. Sendo que, os meus fins de semana sem filhos, são (felizmente) sempre muito relativos. Por motivos profissionais do meu ex-rei, acabo sempre por passar o sábado quase todo com eles. E entre o futebol, um jantar em família, umas compras rápidas no shopping, o tempo que estive sozinha, foram praticamente as noites. A primeira noite em regra, sabe-me bem. Amo os meus filhos incondicionalmente, mas uma noite sem partilhar o sofá, e sem partilhar a tv, sabe-me a descanso. Aproveito para pôr as series que sigo (mais ou menos) em dia, vejo um filme, como chocolates, batatas fritas ou pipocas, acendo umas velas, e fumo um cigarro ali mesmo ( com peso na consciência, a pensar que no dia seguinte abro todas as janelas, e o cheiro se dissipa por completo, e um dia tomo a porra da decisão de deixar de fumar).
Acabo sempre por adormecer no sofá, e acordo sempre a meio da noite, com uma dor no pescoço que me obriga a ir para a cama.
A segunda noite já me inquieta um bocadinho. Fico farta de ver televisão, farta dos chocolates e das iguarias que tenho no armário, e fico com fome de comida a sério, coisa que me recuso a fazer. A terceira noite vira quase um suplício. O silêncio, o sofá com as formas do meu corpo, a televisão que é vira o disco e toca o mesmo. Por isso, quando o ex-rei me pediu ontem para ser eu a preparar os almoços dos meninos para hoje, saltei do sofá, e num repente, o fogão estava cheio de tachos e panelas. Um tacho de arroz, um tacho de feijoada de chocos e camarão, uma panela de sopa, e no entretanto um cesto gigante de roupa passada a ferro. Ele ( o ex-rei) sempre me disse que eu não sou capaz de estar parada. Eu sou. Mas só um bocadinho.

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