terça-feira, 13 de maio de 2014

A febre dos cromos cria ilusões tão boas

Ontem, à chegada ao colégio:

Eu- Então filho? O teste de matemática correu-te bem?
Ele- Correu muitoooo bem, mãe! Muito bem mesmo! (enquanto me afagava os cabelos com as duas mãozitas num gesto quão carinhoso, quão raro assim, publicamente).
Eu- Mas era fácil?
Ele- Não mãe. Era muito difícil mesmo. 
Eu- Mas correu-te bem?
Ele- Correu. Compraste-me cromos para a caderneta?
Eu- Não. Estão esgotados. Mas fizeste tudo, no teste? 
Ele- Não. Deixei uma. 
Eu- Deixas-te uma? Então isso é que é muitoooo bem?
Ele- Deixei uma, e houve lá mais duas ou três que tive dúvidas... Sabes, aquilo não se podia usar calculadora, e então... então olha, houve lá uns cálculos que já sei que devem ter saído assim um bocado mal. Arredondei, 'tás a ver? O teste era bué lixado, mesmo. 
Eu- Então afinal não te correu bem?
Ele- Bem... correu assim para Satisfaz, 'tás a ver? Tipo isso. Mas amanhã fazemos a segunda parte do teste e sei que me vai correr melhor. Achas que amanhã já há cromos?

Hoje vou calcorrear todas as papelarias deste universo e do outro em busca de cromos do mundial. E vou ficar na ilusão (durante uns dias) que o teste de hoje, lhe vai correr assim para, tipo, excelente. 


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