quarta-feira, 2 de abril de 2014

Para bom entendor meia palavra basta.

Tenho no facebook largas dezenas de "amigos". Conheço todos. Sendo que umas quantas dezenas são amigos dos meus filhos,  que me pediram amizade, na sua maioria julgo que em busca do maior número de amigos possível, em busca do maior número   de likes nas fotos. Aquela febre que assola a maioria dos jovens (e não só), e para a qual felizmente parece que existe uma cura (pelo menos a avaliar lá por casa, quanto mais não seja por ter  perdido a graça).
Destas largas dezenas de amigos, que mantenho nesta página, muitos são reencontros de amizades perdidas no tempo, às quais achei graça por reencontrar, quanto mais não fosse em fotografia. Aliás, já falei disso aqui. Há umas semanas, um desses amigos perdido no tempo, enviou-me uma mensagem privada, cujo conteúdo me pareceu inapropriado face à distancia dos anos a que não nos vemos, e inerente um convite para almoçar. Pensei duas vezes se havia de lhe responder ou não. E não respondi. Face à ausência de resposta, meteu conversa quando me viu online, começando por perguntar pela minha família, e quase em simultâneo pelo meu marido. Percebi exatamente que o teor das perguntas eram com o único objetivo de ter a certeza daquilo que desconfiava. Que eu provavelmente estaria separada (coisa que palpito, alguém em comum lhe terá dito). A minha separação, não foi nem é nenhum segredo. No entanto, não escarrapachei no face semelhante acontecimento, assim como não escarrapacho outros. Apesar deste fator na minha vida não ser um segredo, não me apeteceu de todo satisfazer a curiosidade alheia deste amigo, e respondi de forma a que ele tivesse ficado com a mesma duvida que o tinha levado ali. Não contente, pergunta-me diretamente se o meu marido não gosta de aparecer, uma vez que até é (ou foi) uma figura publica, e não o vê na minha página. Não sei se lhe satisfiz a curiosidade (aguçada) , mas a resposta foi esta.
 
 Na minha opinião, o face tem muitas coisas boas, e muitas coisas más. (como a maioria das coisas na vida. com prós e contras). considero ser um bom meio de contacto, de troca e partilha de informação, considero ser um bom método de marketing para certas entidades comerciais, para certas causas beneméritas,  e até uma ótima "loja" para tantas pessoas que fizeram a partir daqui o seu negócio. Eu não era uma adepta acérrima do face, e fi-lo quando a minha filha me pediu para criar o dela. Achei que devia perceber o seu funcionamento, e acima de tudo poder controlar a sua página. Posteriormente a dele. No entanto, embora não criticando nem julgando, não entendemos, na nossa forma de estar, que o face sirva essencialmente para a exposição da nossa vida privada, tão pouco para indiretas alheias, ou lavar de roupa suja, como vemos em tantos casos. Tão pouco para mostrar ao mundo, aparências (sejam falsas ou verdadeiras) e afins. Como te digo, não critico, nem condeno, simplesmente esta é a minha (nossa) forma de estar. Publico o que me apetece publicar, exponho o que me apetece expor, mas guardo para mim aquilo que me apetece guardar, ou partilho com quem me apetece partilhar.
 
Para bom entendedor, meia palavra basta. Não bastando, o discurso até foi longo, mas julgo que eficaz.
 
 
 

2 comentários:

  1. Concordo plenamente, o facebook é sim uma boa ferramenta para tanto e outras coisas, boas ou más, eu tb só exponho aquilo que acho que tenho de fazer em publico ou em privado.
    Por isso apoio seu feito, pois muitos só utilizem o facebook para bisbilhotar o vida alheia e quando não está escarrapachada, ainda tem a "lata" de perguntar directamente, o seu amigo só tem de respeitar a sua privacidade.

    ResponderEliminar