terça-feira, 24 de março de 2015

Todos de castigo

Embora ainda não tenham saído as notas do segundo período, os miúdos já sabem o resultado final. 
A miúda, conseguiu alcançar um feito, tipo escadinha. Vai ter 12, 13, 14, 15, 16, 17, e  18 a educação física (que infelizmente - no caso dela - não conta para a  média ).

O miúdo vai ter um único 5 (  educação física, claro...), uns quantos 4, e três 3.
Chatearam-me os 3. Porque sei que com esforço e dedicação seria aluno de tudo 5. Porque sei que com algum esforço e dedicação seria aluno de tudo 4. E porque sei que os 3 que vão aparecer na pauta, foram o resultado de nenhum esforço, nenhuma dedicação. E isso, chateia-me. Para além de que, se no primeiro teste de alemão teve 88%, no segundo trouxe-me a primeira negativa do ano (43%), porque "já sabia tudo, aquilo é básico, não preciso estudar".

Vai daí, eu e o ex-rei, decidimos  ter uma conversa com o miúdo e implementar o castigo. Durante as férias, pode usufruir de duas horas diárias do telemóvel, playsation e ipad. Ele escolhe o horário, e até pode reparti-lo. Mas não mais de duas  horas de tecnologias. E vai ter de ler um livro, estudar matemática e alemão. Está liberto do estudo aos fins de semana.

Após esta conversa, que decorreu à hora de almoço de domingo, e sendo que o castigo entrou em vigor a partir desse momento, o miúdo pegou numa bola. Dez minutos depois, olhei para o ex-rei e confessei "não sei se vou ter força suficiente para levar o castigo à risca". Ele riu-se, perante o barulho ensurdecedor da bola a bater na parede. Meia hora depois, olhei para o tempo. Ameaçava chover, e estava um frio do caraças. Mandá-lo para a rua pontapear a bola estava fora de questão. E arrisquei:
- então filho? não queres gastar as duas horas agora?
- não. vou guardá-las mais para o fim do dia. 

E assim se castigou uma família inteira por três notas medianas. Para a próxima, acrescento a bola às tecnologias. 

14 comentários:

  1. Tiras-lhe a bola e ele sai de casa e deixa-te um bilhete a dizer: mamã ofereço-te o meu Ipad. Agora vou mundo fora, treinar goleadas e respetivas comemorações.
    ;)
    Tadinho.

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  2. Eheheheheh mas se não fores exigente agora quando serás?
    Eu agradeço todos os dias pelo facto dos meus pais terem sido assim comigo.

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  3. "já sabia tudo, aquilo é básico, não preciso estudar".É o que mais oiço da minha mais velha. E depois os resultados são uma nódoa. O problema, como dizes, é que temos noção que ele têm capacidade de chegar bem longe, e não chegam por pura preguiça, e outros interesses mais interessantes. É um desatino!

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  4. Pobre Ervilhinha... acho que vais sofrer mais tu com o castigo do que ele.

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  5. Podia ser pior! Imagina que havia em casa uma bateria! :P :P

    Beijocas, Alteza. :)

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    1. E eu que queria que eles aprendessem música... Primeiro veio a flauta, obrigatória na disciplina: um desastre. Depois comprei uma guitarra, e foram os dois aprender. Foi sol de pouca dura. O miúdo avisou-me logo : "jeitinho, só com os pés". A miúda ainda falou em aprender piano. Mas o piano era um investimento maior, para uma posterior desistência. Felizmente, nenhum dos dois se lembrou da bateria. Assim como assim, prefiro as boladas contra a parede... ;) Beijos Maria (TU)

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  6. Raio dos miúdos, só se esforçam para os mínimos. Fazes muito bem em pô-lo na linha, mas se ele for como um que tenho cá em casa, não se vai importar nem um pouquinho e tu ainda vais ficar com pena dele. Raios! Tão espertos que eles são. Força Ervilha :)

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    1. Olha como tu me compreendes! Felizmente há outros "modelos" semelhantes, e não me sinto sozinha! Força também para ti (estás-te a aguentar? )

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  7. Lá por casa há outro igual, e como não conseguiu os objetivos pretendidos (porque já sabia tudo e não precisava de estudar) para a recompensa que queria, veio com a tentativa de negociação, com o e se....., saiu-lhe o tiro pela culatra, além do castigo não há "mimimi's".

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