sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dar valor às fórmulas (não) perfeitas

Na escola colégio dos meus filhos, há uma reunião por mês. Podemos queixar-nos de muita alguma coisa, de falta de informação, não. As reuniões são a horas muito pouco propícias (16:40), o que faz com que a maioria dos pais nunca ponha lá os pés. Eu, que por hora consigo agilizar os meus horários, vou sempre. O miúdo, agora no sétimo, está a conhecer todos os professores que até há uns meses foram da irmã (sendo que alguns, dão aulas aos dois).
Vou primeiro à directora de turma dela. Que também é professora dele. Pergunta-me para começar "então, o que me tem a dizer?", respondo-lhe na mesma moeda "o que me tem a dizer pergunto eu". Não havia muito a dizer. A miúda está aplicada, igual a si mesma, no seu registo sossegado em género "não se metam comigo, que eu não me meto com ninguém", que é como quem diz, estou aqui tão sossegada, não me perguntem, não me façam participar (muito menos em debates filosóficos, que eu não percebo nada desta porcaria, e o que me havia de calhar agora na sopa).
Oiço pela quinquagésima vez o quão diferentes são os meus dois filhos. Não preciso que mo digam. Constato o facto todos os dias. Fisicamente o oposto, personalidades opostas.
Ele participa constantemente sem pôr o dedo no ar "não sei qual é o problema, se uma pessoa não participa, é porque não participa, se uma pessoa participa, é isto? devias era estar orgulhosa de mim!", ele conversa até com o lápis (não sem antes o trincar até ao tutano), e depois tem um azar dos diabos, porque nunca fala, e da única vez que o faz, é apanhado. Um menino azarado, o meu filho. E depois, dizem-me que é muito educado, que pede mil vezes desculpa, e que é tão engraçado, que até se torna difícil repreendê-lo (como eu compreendo o dilema). E as notas vão surgindo, naquela média dele do quatro, com pouco quase nenhum estudo, o inverso dela que se farta de trabalhar, para o conseguir. O mix dos dois, era a perfeição, mas não há fórmulas perfeitas, e bem vistas as coisas, se assim fosse, também não tinha piada nenhuma. 

4 comentários:

  1. ui um mix para a fórmula perfeita...parece quase ideal. mas depois sabemos que preferimos a fórmula original sem aditivos ou adulterações.:))

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  2. Amamo-los sempre, essa é que é essa!

    Beijinhos Marianos, Alteza! :)

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