terça-feira, 6 de janeiro de 2015

E porque hoje é dias dos Reis, é isto que me ocorre...


E porque hoje é o dia dos reis, e enquanto me passeava nas redes sociais roubei a imagem acima porque lhe achei piada e achei por bem partilhar a mesma em formato post "sem interesse nenhum" (como todos), aqui ficam os votos de um feliz dia.
Sem querer tirar a magia ao dito, a mim só me ocorre a trabalheira de desfazer a árvore de natal, a poeirada que aquilo vai deixar, os milhentos fios dourados espalhados pelo chão (e encontrados meses depois debaixo de um tapete ou de um móvel de difícil acesso aspiracional) e  que eu teimo em colocar todos os anos, quando estou com a pica da decoração da mesma, e que bem que aquilo fica ali, dando um brilho e um toque final perfeito. A alergia que se  vai apoderar do meu nariz, olhos e garganta, a juntar às caixas e caixotes que vou carregar da arrecadação, vazias e leves, que vou encher de enfeites e presépios minuciosamente embrulhados em papel de cozinha (bolas,  ainda tenho de ir às compras, que ontem acabei o ultimo rolo), e por fim, já com a árvore despida retirar os metros de luzes que tão cuidadosamente enrolei (e ainda me parece que foi ontem). E no fim deste processo, vem o outro, o mais difícil. Retirar ramo a ramo do encaixe, voltar a fecha-los para que fiquem magrinhos e ocupem pouco espaço,  juntar todas as fileiras por ordem, deixando-as atadas, que aquilo vinha organizado por bolinhas de cores para que se soubesse a posição de cada uma, mas as cores sumiram-se com a idade, e no ano em que me apercebi dessa tragédia, a árvore foi montada quase que como um grande puzzle, que nos deu trabalho redobrado. Depois coloco todo aquele emaranhado de carumas falsas dentro da caixa de papelão, já meio desfeita pelos anos de transporte de arrasto entre a arrecadação e casa, que aquilo pesa que se farta, e à falta de homem nesta ajuda, vai de arrasto mesmo. E depois carrego e arrasto tudo, cheio e pesado, de volta ao local de origem, a arrecadação, e depois há sempre uma caixa que já não cabe no local onde outrora estava guardada, e enervo-me e estou cansada, e deixo-a ali mesmo, até uma próxima arrumação. Normalmente este é um trabalho isolado, porque o entusiasmo de montar o ambiente natalício nunca é igual ao entusiamo de o desfazer, e não há crianças voluntárias nesta ajuda (embora vá mais uma vez tentar). E pronto, por hora é isto que me ocorre para o meu final de dia dos Reis. Talvez ainda compre um bolo rainha. E no final desta azáfama, talvez me estique no meu sofá, lance a dieta às urtigas e amorfanhe duas ou três fatias. Talvez.


7 comentários:

  1. Fá-lo.
    Hoje é o teu dia, anyway :)
    Vénia, majestade. E beijinho na coroa.

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    1. Está feito (ufa).
      Beijo repenicado para ti, nada de chafurdanços.

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  2. eu retirava o "talvez". venha o sofá e o bolo; que para mim pode ser em género feminino ou masculino:marcha de qualquer maneira!!! coragem para essa tarefa!!

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    1. Não houve rei (bolo), mas houve sofá, e bolinhos de manteiga.
      tarefa concluída, com sucesso!

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  4. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  5. digamos que não concordo, nem discordo... fiquemos assim...

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