quinta-feira, 12 de junho de 2014

Depois não digam que eu não avisei...

Aviso:
Que ninguém ponha os cotos na avenida da liberdade  de carro.
A ver: estacionamento nulo. Oh, não, espera, tenho ali um lugar! Vou dar a volta ao quarteirão, este quarteirão gigante, deixa lá ver, ok, semáforo, paro, atravesso todo o quarteirão para a outra lateral, bem dita obra esta, quanto é que se gastou?, pronto, mais um semáforo, encarnado pois claro, vá lá, com tanta demora ainda perco o lugar, verde, ok, atravesso de novo toda a via principal, chego à lateral inversa. Espreito entre os carros, o lugar está lá, estou parada, mais um semáforo, mas olho para ele, o lugar, vislumbra-se pequeno, talvez pequeno demais, mas... acho que cabe. Aproximo-me. Não tem fitas, não tem grades, tem carros estacionados, ok, parece-me perfeito, vamos à manobra. Puxo à frente, puxo atrás, este carro não é meu, tem mudanças manuais, faço ponto de embraiagem, rogo pragas por ainda não se terem abolido carros com este tipo de mudanças, penso que amanhã já terei o meu, automático, graças a deus. Reparo que dou um ligeiro toque no veículo de trás, bolas, este carro também não tem pi pi pi, ok, amanhã já terei o meu, bem ditos sensores. Estaciono magnificamente, saio do carro, cinco centímetros separam a minha traseira e a minha dianteira dos veículos vizinhos. Fecho o carro. Oiço uma voz atrás de mim, bom dia senhora condutora, não pode estacionar aqui. Não posso? mas não posso porquê? Onde é que está essa indicação?
Ok, a indicação é dada pelo agente da autoridade. O mesmo que estava ali, a dois metros de mim, a ver toda aquela infindável manobra. Deseja-me bom dia sorridente, retribuo com menos simpatia. Volto a entrar no carro. Cinco centímetros em cada lado, recordo.
Arranco. Mais uma volta a todo o quarteirão, mais três semáforos (porra, todos encarnados), mais dois dedos de conversa com dois agentes de autoridade, reclamo, decido-me pelo parque subterrâneo. Penso na hora de saída e na conta que vou pagar. Penso no arrumador que hoje nem ganha o suficiente para uma sardinha. Isto hoje está difícil, dona (lamenta-se). Pois está. Mas cheira bem, cheira a lisboa (é a musica que toca).
 
 

6 comentários:

  1. Até eu fiquei irritada e não foi nada comigo!! Chiça!!

    Beijinhos Marianos, Sr.ª D.ª Ervilha! :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que as minhas irritações, não contagiem as minhas ilustres leitoras... Um beijinho Maria Tu!

      Eliminar
  2. Deves ter passado por mim... não viste uma loira grog na subida para o Castelo? Era eu...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Minha querida Uva, isso foi mais 'pá noite, não? é que o meu drama, foi mesmo pla fresca... Na hora de entrar "ao serviço"... É que o dá trabalhar por estes lados....

      Eliminar