Aviso:
Que ninguém ponha os cotos na avenida da liberdade de carro.
A ver: estacionamento nulo. Oh, não, espera, tenho ali um lugar! Vou dar a volta ao quarteirão, este quarteirão gigante, deixa lá ver, ok, semáforo, paro, atravesso todo o quarteirão para a outra lateral, bem dita obra esta, quanto é que se gastou?, pronto, mais um semáforo, encarnado pois claro, vá lá, com tanta demora ainda perco o lugar, verde, ok, atravesso de novo toda a via principal, chego à lateral inversa. Espreito entre os carros, o lugar está lá, estou parada, mais um semáforo, mas olho para ele, o lugar, vislumbra-se pequeno, talvez pequeno demais, mas... acho que cabe. Aproximo-me. Não tem fitas, não tem grades, tem carros estacionados, ok, parece-me perfeito, vamos à manobra. Puxo à frente, puxo atrás, este carro não é meu, tem mudanças manuais, faço ponto de embraiagem, rogo pragas por ainda não se terem abolido carros com este tipo de mudanças, penso que amanhã já terei o meu, automático, graças a deus. Reparo que dou um ligeiro toque no veículo de trás, bolas, este carro também não tem pi pi pi, ok, amanhã já terei o meu, bem ditos sensores. Estaciono magnificamente, saio do carro, cinco centímetros separam a minha traseira e a minha dianteira dos veículos vizinhos. Fecho o carro. Oiço uma voz atrás de mim, bom dia senhora condutora, não pode estacionar aqui. Não posso? mas não posso porquê? Onde é que está essa indicação?
Ok, a indicação é dada pelo agente da autoridade. O mesmo que estava ali, a dois metros de mim, a ver toda aquela infindável manobra. Deseja-me bom dia sorridente, retribuo com menos simpatia. Volto a entrar no carro. Cinco centímetros em cada lado, recordo.
Arranco. Mais uma volta a todo o quarteirão, mais três semáforos (porra, todos encarnados), mais dois dedos de conversa com dois agentes de autoridade, reclamo, decido-me pelo parque subterrâneo. Penso na hora de saída e na conta que vou pagar. Penso no arrumador que hoje nem ganha o suficiente para uma sardinha. Isto hoje está difícil, dona (lamenta-se). Pois está. Mas cheira bem, cheira a lisboa (é a musica que toca).
Agora é alegria vá!!!!
ResponderEliminarAh, e foi... :) :)
EliminarAté eu fiquei irritada e não foi nada comigo!! Chiça!!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, Sr.ª D.ª Ervilha! :)
Que as minhas irritações, não contagiem as minhas ilustres leitoras... Um beijinho Maria Tu!
EliminarDeves ter passado por mim... não viste uma loira grog na subida para o Castelo? Era eu...
ResponderEliminarMinha querida Uva, isso foi mais 'pá noite, não? é que o meu drama, foi mesmo pla fresca... Na hora de entrar "ao serviço"... É que o dá trabalhar por estes lados....
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