Ontem o príncipe cá do reino, pediu-me para o ir buscar (a ele e ao amigo) mais cedo à escola, para que antes de os levar ao treino de futebol ainda pudessem fazer uma jogatana de PlayStation. Fiz-lhe a vontade (porque felizmente, não tenho de cumprir horários "à risca"). Já depois de os ter deixado no futebol, fui a casa da BFF (que por acaso vive no mesmo prédio), e vi a filha da BFF (que por acaso é da turma do meu filho), a fazer uma composição para língua portuguesa (tpc para entregar amanhã, disse-me ela. boa, pensei eu. o gajo lembrou-se da PlayStation, mas do tpc, nicles).
Quando ele chegou a casa, já depois da nove da noite, perguntei-lhe como quem não quer a coisa: não há trabalhos de casa? ele olhou para mim com ar de quem tenta descobrir o que é que eu posso saber que ele não saiba, ou não se está a lembrar. E não se lembrava mesmo. Quando fiz o favor de lhe avivar a memória, e estando eu sentada com o pc no colo, ele teve a (distinta) lata de me dizer :
podes fazer tu, aí num instantinho? eu tive um dia exaustivo (exaustivo! foi mesmo este palavrão que ele usou!) de escola, um treino duro, e estou mesmo cansado.
Podia ter-me rido, porque isto às vezes até dá para rir, mas resolvi dizer apenas que o dia exaustivo de escola foi seguido de hora e meia a jogar PlayStation, e que se os treinos o deixam tão cansado, o melhor é deixar de ir. Porque o futebol não pode prejudicar a escola.
Enfiou o rabo entre as pernas, e voltou com uma folha manuscrita (com a pior letra que conseguiu, com certeza), e pediu-me apenas para o transcrever no pc e imprimir. E contar as palavras, porque havia um limite. A "coisa" não estava mal de todo, mas além de ter cortado algumas frases (porque ultrapassava o tal limite), alterei a ordem de dois parágrafos. E corrigi dois ou três erros ortográficos. E o resultado (que segue já no próximo post) deixou-me a pensar.
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