A minha filha tem este ano pela primeira vez filosofia. O professor é rigorosíssimo com os erros ortográficos, e desconta uma percentagem por cada um. Ela viu-se com menos um valor no teste, porque em cada "à" que escreveu colocou o acento ao contrário. E ainda me disse, que não fazia a mínima ideia de que o acento do "a" era grave. Eu considerei o caso grave, tão grave quanto o acento que o acompanha. Mas valeu-lhe a lição para a vida, e tenho a certeza de que jamais se irá esquecer.
O meu filho dá erros. Muitos erros. Graves, agudos, e não só de acentuação. Que me deixam possessa, de cabelos em pé. No teste de matemática escreveu por diversas vezes angolo. " O stor não desconta". Numa ficha de história, entre outros, escreveu disce. Fiquei horrorizada, perguntei-lhe o que queria aquilo dizer, e ainda me respondeu em tom de gozo que era uma mistura de conjugação do verbo dizer, com o verbo descer. "mas não faz mal, que o stor não desconta".
Para os professores que reprovaram por erros básicos de português, valeu-lhes a lição para a vida, assim como valeu para a minha filha o valor perdido no teste. Assim como valeria para o meu filho, se por cada erro lhe descontassem cinco ou dez por cento na nota final e visse as notas baixarem drasticamente. Seria remédio quase santo. Tenho a certeza.
Podes ter a certeza que sim. São situações que não se podem deixar passar. É a permissividade que dá estes resultados; confundem-na com assertividade!
ResponderEliminarSe eu fosse professora.... também chumbava.
ResponderEliminarAhhh pois é bebé...
Concordo que os professores não deviam deixar passar os erros em "branco", mas para falar a verdade eu desconfio que eles mal sabem o português. Outro dia abri um manual escolar do 7º ano e logo na primeira frase deparo-me com um erro grave. Ora se os miúdos e os professores lêem os mesmos manuais não é de admirar que tomem os erros como certos.
ResponderEliminarOs erros do teu filho até são engraçados! ahahah
ResponderEliminarkiss na cheek
O problema nem é tanto a cotação dos testes. É o nosso sistema de ensino que está feito para encher o saco e despejar nas provas. Não interessa o que se retém depois, só interessam as notas. E a mentalidade (da grande maioria, não me refiro ao seu filho!) é mesmo essa: se o stor não desconta, não é preciso matar a cabeça com isso.
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