Há os dias bons, os dias maus, os dias assim assim.
Não sei em que categoria enquadre o dia de ontem.
Uma manhã boa, uma tarde assim assim, uma noite má.
Depois de uma manhã boa, à tarde oiço dizer coisas menos boas de um filho, chego a casa, já quase sem forças para repetir o sermão que tem de ser dado (impreterivelmente), olho para o relógio, acelero o jantar que a hora da caminhada aproxima-se (e já que me dizem que caminhar é bom para o coxis, vamos a isso), faço um bacalhau com natas em meia hora, com direito a batata frita verdadeira e tudo, enfio o fato treino, saio para a rua, acompanhada pela vizinha, pelo cão dela e pelo meu. Trabalhar a musculatura e o esqueleto a cães e seus donos, é a palavra de ordem. O frio gela a face, o coxis aquece, as dores diminuem, acelera-se o passo.
O percurso é diferente do habitual, encaminhado pela vizinha, cortamos caminho pelo campo de golfe. Tento olhar para a paisagem, mas está escuro que nem breu e a lanterna fixa na cabeça da vizinha não é suficiente para grandes iluminações. Aparecem dois cães, sozinhos, de grande porte. A vizinha conhece-os, sabe onde vivem, devem ter fugido, diz-me.
O meu cão, um pingente canino com menos de três kilos, não gosta dos forasteiros, rosna, ladra, qual cão de guarda, atira-se ao maior. Numa questão de segundos, vejo a vizinha no chão, numa mão a trela presa à cabeça do meu cão, na outra ponta o cão grande com o meu cão abocanhado. E o que é que uma pessoa faz perante um cenário destes? Grita: "ai, que me vão matar o cão!". Não sei se foi o meu grito que surtiu o efeito desejado (palpita-me que não), o cão grande largou o meu cão pequeno, e com ele ao colo e sem luz (a lanterna perdeu-se no meio do aparato), voltámos a casa para avaliar os estragos. Cão de urgência no veterinário, quatro agrafes na barriga, injeções e medicação prescrita, cento e vinte euros largados. Sinto-me como se eu própria tivesse sido abocanhada por um cão, dói-me o corpo, parece que levei uma tareia. Penso, podia ter sido pior. Assim, talvez tenha sido só... assim assim.
Eu, diria que foi uma NOITE, muito má!!! Força!
ResponderEliminarE mais, acho que deveria responsabilizar o dono dos cães de grande porte!
As melhores ao seu canino
Pois, vou fazê-lo! A ver vamos, como corre!
EliminarUm bj e obrigada Nina!
Safou-se o rapaz do sermão. O cóxis nem teve importância nenhuma e o cãozito vai ficar bom num instante!
ResponderEliminarBeijo com abraço e mimo, sim? :)
O sermão tem vindo às prestações, que assim fica mais duradouro, e presente:)
EliminarO coxis, raios, não há meio de sarar.
O cão, esse sim, cheio de mimo e cuidados.
Um beijinho, Maria! Obrigada!!