Esta semana dei umas palmadas ao miúdo.
Fica mal dizer que lhe dei uma tareia, dado os trágicos acontecimentos das últimas semanas, mas o que sinto é que foi uma tareia, mesmo.
Porque não estou habituada a distribuir palmadas, e porque lhe dei umas quantas, ante ontem. Não sei quantas foram, não as contei, porque me foram saindo à medida das respostas dele. Mas sei que me ficou a doer a mão, que mesmo os açoites tendo sido no rabo, aquilo é só pele e osso (e músculo, muito músculo, que ele anda sempre a apregoar que está uma beast ).
Foi mesmo antes de irmos para a cama, e detesto deitar-me chateada com qualquer um deles. Mas deitei-me, mão a arder, respiração ofegante, a sensação, não de ter dado uma tareia, mas de eu própria ter levado uma tareia.
Sonhei a noite toda, que o miúdo tinha o corpo marcado por consequência daquela (talvez) meia dúzia de palmadas que lhe dei. Foi só um sonho, tenho a certeza que as palmadas me doeram mais a mim do que a ele. Também tenho a certeza que não é com palmadas que as coisas se resolvem, mas também sei que levei algumas e não morri. E verdade seja dita, que ontem acordou mansinho que nem um cordeiro, mesmo que eu saiba que é sol de pouca dura. E sei, tenho a certeza, que este é um longo caminho a percorrer, que o miúdo tem um feitio do pior, raios, que havia de sair à mãezinha dele.
Por conseguinte, a miúda ontem, andou todo o dia a apregoar ironicamente que a mãe tinha dado uma tareia ao golden boy, e que viu o caso mal parado. Que por pouco, o golden boy ainda tinha de ir parar ao hospital (e imitava as minhas palmadas, como se de festinhas se tivessem tratado). E que ela, nunca na vida, me tinha respondido da forma como o golden boy me responde.
A minha miúda é sempre muito assertiva na forma como analisa as situações à sua volta. Para além de ser pouco emotiva e muito racional. Mas denoto uma ligeira ponta de ciúmes relativamente ao irmão. Gerir duas adolescências tão distintas, também não é fácil. E já lhe disse que sou a mãe com mais sorte do mundo. Porque não só tenho um golden boy, como tenho a melhor golden girl que algum dia podia imaginar. Fez-me "pfff", em género está bem, abelha.
Ah, Rainha! Também passei por aí e doeram-me muito, as palmadas... Não é fácil, não!
ResponderEliminarBeijos. :)
Doem-nos sempre mais, a nós. Mas às vezes, tem e ser!
EliminarBeijos Maria(tu) !
Ui, não é nada fácil. No meu caso, sou mãe de uma Golden girl e madrasta de um golden boy, o que torna tudo muito mais complicado. As palmadas por vezes são abençoadas, não te penalizes.
ResponderEliminarNão me penalizo, mas não deixam de me custar. E acredito que no teu caso, seja bem mais difícil gerir! Um beijo!
EliminarAs que caem no chão... pois são as que se perdem.
ResponderEliminarTambém levei carradas de palmadas no rabo, e olha, fizeram-me bem. Tenho aqui uma bilha de fazer inveja!
;)
Então não sei? Também levei a minha dose, e digo-te, no verão a "coisa" tornava-se mais complicada. Menos roupa para amortecer, e o chinelo era muito mais pesado que a pantufa. ;)
EliminarNunca me bateram com o chinelo. Sempre com a manita sapuda. No verão ia 3 meses de férias para casa da minha avó-de-mimo e essa nunca me batia. Também não me apanhava...
EliminarEntão não levamos!? Mas que nos fica a doer, ai fica, fica e como dizes, mais a nós do que a eles ( eles têm a noção que são merecidas).
ResponderEliminar:)
Sei que dói muito, muito mais a nós do que a eles, mas por vezes tem de ser para eles entenderam certas coisas que teimam em não querer com conversas. Também levei algumas e estou aqui vivinha da Silva e bem resolvida. A eles vai acontecer-lhes o mesmo. Beijinho :)
ResponderEliminarHaverá toda uma corrente de defensores das não palmadas que te devem estar a rogar pragas neste momento. Palmadas são precisas, às vezes, eu não tenho nada contra quando a coisa está mesmo feia. Também levei umas quantas da minha mãe e sobrevivi. Acho que o problema de hoje em dia é que os pais nem educam, nem disciplinam os filhos. Essa desresponsabilização dos pais é mil vezes pior do que pessoas que, como tu, estão lá para dar afecto e também para disciplinar se tiver que ser.
ResponderEliminarGraças ao desafio da São, vim aqui parar. Li algumas coisas apenas, que o tempo não deu para mais!
ResponderEliminarPercebi que já respondeste ao desafio das 11 coisas. E ao das 7 coisas, já respondeste? Independentemente da resposta, aqui o deixo (e faz com ele o que bem entenderes!):
http://alheiaatudooutalveznao.blogspot.pt/2015/04/desafio-aceite-2.html