quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Infinito. Sempre

A minha amiga, que tem uma filha, amiga da minha filha, e que por sua vez são da mesma turma, ligou-me:
-A tua já te ligou?
-Não. porquê? A tua ligou-te?
-Ligou. Já receberam a nota de português.
-E então?
-A minha teve dezoito, mas disse que não sabia a nota da tua, que tinha ido à secretaria e não tinha tido tempo de lhe perguntar.
-Hummm... não acredito nisso. A minha teve nega, de certeza. E isso foi desculpa.

Liguei. Não me atendeu. Mandei mensagem "filhota, então a nota de português? Um bj. Gosto muito de ti"

Duas horas depois, retribui-me a chamada:
-Olha mãe, não tive nega, não penses. Aquele teu "gosto muito de ti", foi mesmo do género, "mesmo que tenhas nega, não te vou expulsar de casa"... Tive uma treta de um doze.

Nunca me chateei  seriamente com uma nega (das poucas que recebeu ao longo da sua vida académica) desde que reconhecesse não ter sido por falta de empenho (o que neste caso, não seria, de todo), portanto concluo que não tenho dito tantas vezes (como outrora) o quão gosto dela(e). E que as notas,  melhores ou piores, não condicionam jamais o amor infinito que nos une. E que acima de tudo, só quero que sejam felizes.

2 comentários:

  1. tão bom amigos com filhos da idade/turma dos nossos
    também gostava mas ninguém me mandou ser apressadinha

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    1. eu não fui tãooooo apressadinha quanto tu. mas sou das mães mais novas (principalmente da turma dela). E todas as amigas da minha geração têm filhos muito mais pequenos. As minhas amizades com filhos da idade dos meus, são todas da década de 60. e eu já nasci pós revolução. E estes "novos" mas bons amigos, acabaram por vir, graças a eles (aos filhos).

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