terça-feira, 10 de junho de 2014

Doces momentos

Ontem podia ter ido às sardinhas. 
Apeteciam-me sardinhas. Apetecia-me o cheiro de manjericos, misturado com o cheiro de sardinha assada. Apetecia-me o cheiro a peixe nas mãos, nos cabelos, depois da degustação das ditas, finalizada com a fatia de pão completamente encharcada em omega 3, que tão bem faz ao coração.
Não fui.
Fiquei a tomar conta do sobrinho, que não me deu omega 3, mas me dá outros benefícios ao coração.
E às costas. E ao peito. E ao sono.
Foi uma noite santa no que diz respeito ao adormecer/dormir. Nem uma lágrima, nem um queixume, que as noites de estranheza em casa alheia/da tia, já lá vão. Dormiu que nem um anjo, ressonou forte e feio (que saiu à tia, e até ao dia em que ajeitar aquele torto cepto nasal, será um pequeno leitão a dormir), esperneou muito (de cada vez que o tapava - bolas, ainda faz frio à noite!) atravessou-se na cama, mamou na chucha como se não houvesse amanhã (e os meus ouvidos que já não estavam habituados àquele típico ruído de sucção), e confinou-me à pontinha do colchão até às sete da manhã, hora em que  o protegi de quedas com almofadas e almofadões, e desisti.

Uma pessoa que vive diariamente a adolescência em pleno (e bolas, que agora já são dois!), esquece-se do quão doces (e duros) e bons, são estes momentos.



2 comentários:

  1. E quando nos dizem que passa rápido, não acreditamos, só que sim. Demasiado.

    ResponderEliminar
  2. Tão demasiado, que ainda nem me habituei a ver a minha mais velha, assim aos mesmo nível que eu...

    ResponderEliminar