quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Moral da história

Às vezes olho para o meu sobrinho de dois anos e tenho imensas saudades dos meus filhos nestas idades, assim pequerruchos, em que com um só braço o carregas no colo, e com os dois o embrulhas no teu peito. Tenho saudades do cheiro a bebé e a creme mustela, tenho saudades até do cheiro a azedo porque bolsou. Tenho saudades das graçolas, e da fase dos porquês. E há tantas, tantas coisas que uma pessoa por mais que não queira, se esquece, com o tempo... Devíamos andar constantemente com uma Gopro na cabeça, para poder registar todos estes momentos engraçados e espontâneos que se nos vão apagando da memória... Ontem, enquanto procurava uns papeis numa gaveta a que eu chamo "ninho de cão" (gaveta onde encontras desde papeis super importantes, a velas, pilhas, carregadores de telemóveis de mil novecentos e troca o passo, e que nunca mais na vida vais usar, fotografias soltas, botões, e afins), encontrei esta composição do príncipe cá de casa, escrita há quatro anos, e que me fez transportar para um tempo em que ele não era já um bebé, mas era muito mais pequerrucho e inocente do que é hoje...

"Era uma vez uma borracha que tinha um grande rival.  Era o papel.  Porque o papel quando tinha escrito alguma coisa, ela apagava. Ele ficava tão furioso, tão furioso,  que lhe disse que se ela apagasse mais uma vez, chamava a sua irmã, a papeloca,  porque disse que a Papeloca era muito forte.
Na manhã seguinte o papel levou a sua irmã Papeloca á borracha. A borracha perguntou:
-Que tipo de papel é a tua irmã?
-Papel cavalinho!
-O que vamos fazer é um acordo, a tua irmã não me bate e eu não apago.
Mas como a borracha era esperta, ela cada noite apagava um bocado.
Num dia o papel  foi-se ver ao espelho, se estava elegante e viu que lhe faltavam umas coisas escritas.
 Foi a casa da borracha e ela viu que quando o papel se aproximou atrás vinha a irmã papeloca, e a borracha com medo, fugiu a correr a gritar desculpa, e o papel e a papeloca desataram-se a rir.
Moral da historia : nunca mintas."
 
nota: o facto da moral não se enquadrar bem na história, não interessa nada... O que interessa é que a moral esteja sempre presente...

1 comentário:

  1. moral da história: está fantástica. escreveu isto com 8 , 9 anos? satisfaz muito bem. é favor dar a assinar à encarregada de educação.
    bom fim de semana.
    :)))))))))

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